#Nos40DoSegundoTempo

Vai ter foto de biquíni, sim senhora!

Desde que eu soube que iria para a Grécia este ano, uma ideia fixa adentrou na minha mente, mente esta que eu tento domar diariamente quando sou tomada pelos meus pensamentos negativos. Aliás, se emagrecer dependesse do exercício diário do pensamento positivo + um punhado de autoestima, nada nos deteriam nessa vida, porque ser mulher é travar uma luta diária com seus piores pesadelos/fantasmas estéticos.

Voltando a problemática da viagem, caí na estupidez da comparação, depois de anos na terapia me peguei comparando os corpos de quem iria para essa viagem. Coisa mais I-D-I-O-T-A que eu fiz. Simplesmente, comecei a entrar na nóia e a ter pensamentos de como emagrecer em tempo recorde até, a viagem. Devo confessar bem no íntimo que, a minha vontade de desfilar um corpo fitness pelas areias de Mykonos, sempre foi bem menor do que a minha vontade de me sacrificar tanto gastronomicamente falando, quanto correndo na esteira. Não adianta, faço ginástica por saúde e bem estar. A parte estética sempre foi meu último, dos últimos apelos para entrar diariamente na academia.

Pois bem, dias antes de aterrisar no meu destino paradisíaco, estava eu (ainda que) andando de bicicleta pelas ruas de Berlim, coberta por roupas de verão, devidamente me esbaldando nos vinhos diários a cada refeição, quando começo a ver via Instagram uma parte da turma que, já estava por lá. Fotos de corpos sarados e bronzeados começaram a desfilar no meu feed. Holy Shit, e, eu aqui comendo todos os pãezinhos do couvert.

No primeiro momento pensei, eu não tiro nem a pau o meu caftã na frente dessa turma toda. No segundo momento, comecei a pensar em como isso era bobo, comecei a lembrar das minhas musas que passaram a desfilar suas inseguranças e suas “imperfeições” sem medo, afinal um pedaço a mais de gordura aqui ou ali, o que importa?! quem vai me criticar, que o faça, não dá pra viver se preocupando com o que pensam da gente, sim, porque a minha preocupação estética até aquele momento, era muito mais em relação aos outros, do que a mim mesma. Eu, honestamente não estava me achando isso ou aquilo, tomei como base os outros, uma grande cilada.

Foi então que eu relaxei. Eu tenho barriga, ela não 
é chapada, e, isso não é um problema.

Passei uma vida me incomodando com ela, quanto tempo desperdiçado, quanta energia perdida por conta de um pensamento fixo. O pior é ver que acabamos influenciando negativamente quem esta por perto – minha filha, no caso – dias desses ela me calou, me tirou todos os argumentos da minha boca, foi quando ela reclamou do seu peso e eu disse “Quanta bobagem da sua parte, você está ótima”. Na mesma hora, tomei uma de direita e uma de esquerda “Você sempre reclamou da sua barriga, agora que eu estou reclamando da minha, você fala que é bobagem”. Toma Mãe, não dizem que os filhos aprendem imitando os pais?! se eu não passo confiança pra ela, como posso exigir isso dela?!

E foram, com essas duas experiências que, eu passei a ser mais gentil comigo mesma, e, principalmente com os outros. A tentar me cobrar muito menos, a deixar de me guiar pelos padrões pré-estabelecidos, a passar a admirar também os corpos de outras pessoas que não são exatamente pertencentes a esses padrões. Eu passei a me policiar internamente e me “auto-apontar” quando o meu reflexo imediatamente me diz que alguém é feio, gordo ou inapropriado, isso vale para os outros e também, para mim.

E foi assim, sem medo, sem nóias, que eu tirei uma foto de biquíni de corpo inteiro, devidamente postada no meu Instagram, para a posteridade. Vai ter foto de biquíni, sim senhora! Vai ter desfile pelas areias da praia, também! Viva a diversidade, ninguém precisa de nada para ir à praia, apenas um corpo, e, que, este seja do jeito que for. Simples.

Foto: @juaguiarbraga

Emagrecer (sem culpa) comendo

Nos últimos dois anos, oscilei um tanto quanto na balança. Cheguei a pesar 49 quilos, mas segurar esse peso foi difícil. O pior foi ver a balança aumentando progressivamente e, eu sem conseguir parar. Claro, no meio do caminho tive alguns probleminhas, quem acompanha o blog sabe que eu tirei um ovário, entrei na menopausa precoce, comecei a tomar remédio para a tireoide, enfim coisas da vida (da idade).

Mas mesmo tendo a meu favor (no bom sentido) todos esses problemas, sim porque eles seriam ótimas desculpas, para justificar o meu ganho de peso. Afinal, de 49 pulei para 57 quilos. Podem imaginar a diferença?! toda roupa marcava minha nova silhueta arredondada, me incomodava muito, fiquei um bom tempo vestindo aquele pretinho básico, simplesmente não conseguia usar outra cor. Autoestima no pé, sem vontade de ir pra ginástica. Conclusão: um horror.

Agora, grande parte do meu aumento de peso, tem um fundo emocional: A culpa. É só falar, não pode, ou está proibido, que o negócio não vai pra frente. Não sei porque insisti tanto em procurar ajuda de profissionais, que criavam dietas restritivas pra mim. Eu gosto de arroz e feijão, detesto fruta e abomino tapioca. Então, porque raios eu parava nesse tipo de gente?! juro, acho que era massoquismo, só pode.

O dia que eu entrei no consultorio da Dra. Eliane Dias, eu fui logo falando “Se eu não puder comer meu arroz com feijão, eu vou embora”. Por graça do destino, eu encontrei alguém que entendeu os meus gostos alimentares, entendeu que eu não quero fazer uma porra de educação alimentar radical e restritiva. Definitivamente, eu não vou comer tapioca com aveia e tomar suco verde no cafe da manhã – eca, só de pensar nesse suco, eu tenho vontade de vomitar – detesto ele com todas as minhas forças.

Ou seja, o que me resta é comer comida gostosa, saborosa, na quantidade certa, sem exageros, sem “jacadas” (ok, uma na semana pode! Rsrs) obviamente, com um pouco de esforço da minha parte, assim aos poucos eu chego lá. Já estou mais magrinha, com 53 quilos, minha meta é chegar nos 50 quilos, peso ideal e possível para eu manter em longo prazo.

Agora, você me pergunta, “Mas e o dia que você exagerar MUITO?!” eu respondo “Esse dia não chegará”, “sentiram a firmeza?!”. Depois que eu escutei uma historia super interessante da Dra Elaine, eu passei a me policiar e percebi o quanto a minha relação com a comida estava errada. Nada de sentir arrependimento, de ficar com raiva porque não aguentou a tentação, eu posso e devo comer um pedaço daquela comida deliciosa, eu só não devo “cair de boca”.

Um estudo científico fez uma comparação entre as mulheres americanas (isso nos inclui), em relação as mulheres européias (mais precisamente as francesas). Se aparecer um bolo na casa de cada uma delas, as reações são tão diferentes. A primeira rejeita imediatamente o bolo, só falta exorcizar aquele doce e  jogar no lixo. Vai embora renegando o coitado do bolo. Mais tarde na calada da noite, assalta a geladeira e devora sem dó, nem piedade o bolo, o único detalhe é que em seguida ela é tomada por uma culpa imensa, seguida de uma sensação de fracasso por ter sucumbido ao bolo de chocolate.

Enquanto isso, as francesas ao se depararem com o mesmo bolo, tem a seguinte reação. Ficam felizes porque apareceu um delicioso bolo de chocolate na casa delas, pega um pedaço do bolo e come sem culpa alguma. Guarda o resto do bolo na geladeira e vai dormir, com a consciência tranquila. Ou seja, a pessoa é consegue manter o equilíbrio.

Voltando pra mim e para vocês, quantas vezes comemos o bolo inteiro?! quantas vezes ficamos nos sentindo péssimas por isso?! muitas, né?! não seria mais fácil, passar a treinar nossa mente para reagir como as francesas?! nosso sofrimento em relação a comida acabaria. Pois bem, eu estou introduzindo essa técnica na minha vida.

Dias desses, estava eu no meu curso a noite, já passava das 20:00 horas, minha fome estava aumentando, quando finalmente chegou o intervalo e serviram o lanche. Fui como uma louca pegar meu sanduíche. Comi aquele pedaço de pão com tanto gosto, que assim que acabou eu fui pegar outro. Na hora que estava quase segurando um novo sanduíche, lembrei dessa historia. Parei por um minuto, respirei, conversei com a minha mente e falei o seguinte pra ela “Amiga, sua fome já passou, isso agora é gula, você não precisa comer mais”. Sabem o que aconteceu?! eu larguei o sanduíche na mesa, dei meia volta e sorri de felicidade da minha conquista mental.

Consegui me controlar, não sucumbi a tentação e já, sou quase uma francesa de nascença. Mais um pouco começo a falar francês, mon amour.

Aquele olhar, de quem vai {crio}gelar…

Depois dos meus 40 anos, ganhei sabedoria, experiência e de quebra a droga de uns quilinhos a mais na minha esbelta silhueta, sabe como é ?! óbvio, eu sei que algumas de nós não passam por isso, mas no meu caso esse “pequeno inconveniente”, se deu mais especificamente na área do abdômen – nome mais fino para o vulgo, banha na barriga.

Fatidicamente, a minha fase (longínqua) de adolescente ficou para trás, fase esta onde não haviam as palavras: proibido proibir. Toda aquela falta de preocupação na minha vida, sobre os aspectos gastronômicos ficaram no passado. Agora, virei a ” louca das dietas”, sim, todas somos loucas (muitas vezes) e já tentamos de tudo – inclusive remédios, sem orientação médica – prática totalmente equivocada, é bom dizer – daqueles que deixam a gente bem doidona, quem nunca?!

Já testei algumas dessas dietas, aí: Dieta da lua, dieta dos pontos, dieta do glúten, dieta dukhan, enfim existem uma centena delas pra gente escolher, é só tirar no palitinho, mas as milagrosas são sempre as mais sedutoras (se é que elas existem, né?!) por fim, criei vergonha na cara e fui procurar ajuda de quem entende de verdade – no caso, a minha médica endocrinologista.

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Confesso, um pouco antes, quando a rebeldia ainda batia dentro de mim, eu pensava logo em partir para a faca, leia-se cirurgia plástica, radical, né?! ~ mas, ainda não é o meu caso~ prefiro as intervenções dermatológicas ~ totalmente o meu caso~ sempre quis testar algumas máquinas, uma delas a famosa Criolipólise. Associei os procedimentos estéticos ao meu processo de emagrecimento, tudo supervisionado pela dupla Dra Elaine e Juliana Ozaka.

Então, vamos falar dela – a crio – funciona da seguinte maneira, sabe aquela gordurinha que gruda e não desgruda?! nem mesmo com toda dieta do mundo?! e muito menos com todas as aulas de abdominal do universo?! é justamente dela que eu estou falando e, em breve (espero) me livrar. Por isso, vou me congelar.

Eu explico. Não, não haverá nenhuma experiência científica de congelamento do meu corpo, para um dia eu acordar décadas depois. Apenas, vou deixar que aquela ponteira sugue toda a minha gordura abdominal e, ela suga de uma maneira colega, que a sucção parece que não vai te largar nunca mais nessa vida. Nunca. Rsrs

Enquanto, estou sendo devidamente congelada, aproveito e digo adeus as minhas células de gorduras (sem dó e sem piedade), confesso, a sensação no começo é um pouco desconfortável, mas dura muito pouco, começa com uma pressão, esquenta um pouquinho e em seguida, congela todo o ponto sugado, mas nada disso chega a ser insuportável, pra ser sincera achei que sofreria muito mais, ou que sentiria muita dor, mas o único inconveniente (se é que posso chamar assim), fica por conta do tempo que eu precisei esperar a máquina fazer seu trabalho, mas eu tinha como me distrair ~ meu celular.

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**O melhor é a minha cara!!! 😉

Resisti bravamente aos momentos de tédio, tá nem foi tanto assim, mas se eu não fizer um drama, não sou eu, né?! enfim agora tenho que esperar uns 2 meses para ver o resultado, já estou ansiosa e super esperançosa que vai dar certo todo este (congelante) procedimento. Em breve conto pra vocês.