Agora em um novo espaço, no parque Villa Lobos, chega ao fim mais uma edição do SPFW.

Só que dessa vez, a polêmica não girou em torno de nenhuma tendência estrambólica ou esquisita do povo da moda, e sim, da crítica e do criticado – a jornalista de moda Gloria Kalil e o estilista/ cantor Fause Haten.

Um pedaço da CRÍTICA:

“Sim, porque dificilmente uma mulher, de qualquer idade ou estilo, vai achar lugar melhor do que um palco para usar os bodies transparentes cheios de enfeites de pedrarias, as saias enfeitadas de boas de pompons de tule, os recortes bicudos dos sutiãs colados ao peito, as lantejoulas pra lá de brilhantes das calças, macacões e vestidos longos e para as blusas de musseline com mangas em sino que arrastam pelo chão como caudas de fantasias de fadas más.

Ele se divertiu em nos mostrar o quanto sua criatividade funciona para figurinos de ribalta. Aguardamos com entusiasmo o convite para a estreia do Hello, Fause.”

Um pedaço do CRITICADO:

“A minha coleção apresentada segunda feira é um trabalho de moda. Apresentado em um evento de moda.
Assim como todas as outras marcas uso os recursos que tenho para realizar esse show.
Meu trabalho no teatro eu apresento nos palcos.
Sim, eu gosto de cores,; sim, eu gosto de mulheres sensuais; sim, eu mostro a vocês que vivem com seus olhares virados para a Europa ou a América, o que é o Brasil.
Existem clientes no Brasil todo que vestem e gostam da marca FH. Foi isso que manteve por todos esses anos trabalhando.
Minhas roupas são mais do que um terno preto e uma sandália vermelha. Mas a vida é assim… somos todos diferentes e é isso que faz tudo mais interessante.
Sou um empresário que há 25 anos luto pela moda no Brasil.
Sou um empresário que pago minhas contas rigorosamente em dia e gero trabalhos e salários para muitas famílias.O que eu mostrei naquela passarela é o que eu sou. O que eu sei fazer e o que eu preciso fazer. Peço respeito comigo, com o meu trabalho, minha equipe e com minhas clientes.”

Um pedaço da COLEÇÃO:

Um pedaço da minha humilde OPINIÃO:

A minha opinião começa com algumas perguntas…Gloria Kalil fez “bullying” contra Fause?! mas, e a liberdade de expressão?! a imprensa precisa de censura?! qual é a função de um crítco de moda?!

Honestamente, acho que Gloria não foi seu próprio exemplo de crítica CHIC, achei seu tom debochado e de certo ponto agressivo. Já Fause, escreveu seu manifesto elegantemente, sem esconder a mágoa do fato e fez questão de esfregar na cara da jornalista o difícil dia a dia da profissão.

Imagino que os dois em seu ponto de visto estejam certos, acho que liberdade de expressão é isso, a possibilidade de se fazer uma crítica doa a quem doer e o direito inalienavél de resposta do ofendido.

Cabe ao público agora julgar a sua preferência. Nesse caso, eu fico com FAUSE!!!

Love, LuMich

Fotos: Zé Takahashi/Ag. Fotosite e Reprodução