No meio do ano, quase sempre eu costumo viajar de “Lua de Mel” com o meu marido, faço isso como uma terapia de casal há muitos anos, acho que desde que me casei foram pouquíssimas vezes que furamos nosso trato, e, olha que estamos casados há muito tempo. Na verdade não foi nada pré estabelecido por nós dois, simplesmente viajamos uma primeira vez, sentimos a necessidade no ano seguinte, colocamos no calendário esses dias juntos como necessários e depois, decretamos como via de regra.

Eu e o Beto geralmente saímos de férias por 15 dias, Eu e Ele, Ele e Eu. Sem filhos, sem as cachorras, sem o papagaio e sem a casa. Como toda regra tem sua exceção, apenas uma única vez foi que levamos um dos nossos filhos juntos, por questões de “Fiquei com pena de deixar sozinho, sem companhia em casa nas férias de Julho”. Mas, tirando essa vez, deixamos tudo de lado. Tentamos na medida do possível não nos preocupar com a rotina que deixamos pra trás. Nem sempre conseguimos, é verdade, mas nós nos esforçamos bastante. Afinal, um casamento precisa de doses de romantismo, não é verdade?!

E, não venham me dizer que, durante a semana de segunda a sexta-feira rola esse romantismo todo. Ok, durante o final de semana pode até rolar, mas venhamos e convenhamos, o dia a dia deixa a gente menos atenta e mais dispersa pra esse quesito, né?! por isso, acho fundamental sair da rotina pra uma nova rotina a dois.

Enfim, pra não deixar que a nossa intimidade se perca com o tempo, essas férias são sempre sagradas. Nada de filhos, eles estão vetados. Nossa viagem de família (também tão necessária quanto esta), é sempre em outra data do ano. Outra vibe, outro momento.

A regra é ficar junto, o tempo todo. Esse ano fomos para Berlim e Mykonos. Uma cidade não tem absolutamente nada a ver com a outra, posso dizer que foram duas viagens em uma. A primeira foi super cultural, passeios por castelos, museus, pontos históricos, restaurantes, tudo devidamente registrado por fotos e vídeos. Andamos de bicicleta todos os dias, aliás esse foi o único meio de transporte, fizemos longas distâncias pela cidade.

Já, Mykonos, foi festa dia e noite. Nessa parte da viagem, a bem da verdade encontramos uma turma de amigos, coisa que não costumamos fazer, por isso posso dizer que foi uma viagem meio a meio, mas nem por isso menos romântica. Meio sozinhos e meio acompanhados. Porém, nada substituiu nossos momentos juntos, sozinhos e cúmplices durante nossa viagem anual de Lua de Mel. Esses momentos são únicos, imprescindíveis e totalmente necessários. Eles são responsáveis por nossa sanidade mental durante o resto do ano. Por nossas melhores lembranças, não sei dizer qual foi a melhor de todas as viagens que fizemos juntos, foram muitas, mas posso dizer que cada uma foi especial em um detalhe.

Agora, o que eu mais amo nelas, são definitivamente 
nossas conversas e  nossas risadas.

Obviamente, viajar a dois requer abrir mão das vontades próprias muitas vezes, sempre um vai ter que ceder em algum momento, afinal os gostos são diferentes. Nesse caso não há regras, a gente tenta sempre fazer o melhor pra viagem ser inesquecível, mas principalmente ser especial pra que no próximo ano a vontade venha novamente de passar esses dias juntos.