#Nos40DoSegundoTempo

FOMO

Sem título

Depois de ler esse post AQUI da blogueira Garance Doré, eu resolvi escrever a minha versão de FOMO Fear of Missing Out – que significa “Medo de Perder Algo”.

Vou explicar melhor, sabe aquela sensação de ter que ficar sempre atenta e ligada em tudo o que está acontecendo ao seu redor?! e que, só de pensar em perder um simples detalhe, surge aquele terrível temor de estar ficando pra trás?!

Pois é, esse é o medo da grande maioria das pessoas hoje em dia e principalmente daquelas que vivem dentro das mídias sociais.

Como toda história tem dois lados, vou falar primeiro sobre o lado negativo.

Imagine a situação?! você não foi convidada pro casamento da sua amiga e o pior, descobriu pelo Instagram. Ou, você descobriu que foi a única a dormir depois do Zorra Total (em pleno sábado à noite), enquanto todo mundo curtia aquela fexxxtinha, que você só ficou sabendo no dia seguinte depois de olhar os comentários no Facebook.

Vamos confessar que sentimos uma raiva coletiva, afinal de contas esfregar todas essas situações de sexo, drogas e rock and roll não é nada fácil para nós simples mortais, não é?!

Aliás, eu tenho uma conhecida que de tanto olhar a vida alheia no instagram, resolveu perguntar se deveria dar unfollow (deseguir) nas pessoas que viajavam para lugares paradisíacos e ficavam mostrando sua felicidade em poses alegres, felizes e românticas.

Eu sugeri que ela fizesse isso temporariamente, apenas nos meses de Janeiro e Julho. Em seguida ela deixou de me seguir.

Enfim, sem dúvida o pior desse lado é saber que você ficou de fora, que não conseguiu aquele convite ou que foi deixada de lado pela sua amiga (amiga?!).

Agora, vamos ver o lado positivo da coisa.

Imagine a situação?! dessa vez você tem um casamento (e, foi convidada), mas não sabe que penteado usar, muito simples, você corre no instagram daquele hairstylist e se enche de inspiração. Ou, está chegando perto da sua fexxxtinha de aniversário e você quer arrasar no modelito, nada como xeretar no blog da sua blogueira preferida, pra criar o seu Look da Noite.

Nessas horas follow (seguir) várias pessoas de tribos diferentes pode ser benéfico pro seu lado investigativo e curioso.

Inclusive, quando você quiser descobrir alguma fofoca, pode ter certeza que é só seguir a rede de conexões das mídias sociais que elas te levam para todos os lugares ao mesmo tempo agora.

É bem verdade, que como disse a Garance “Private life is already a concept of the past” (Vida privada já é um conceito do passado). Nada passa despercebido.

Ou seja, não fique deprimida porque você não pode seguir de pertinho as semanas de modas ao redor do mundo, porque você não conseguiu assistir in loco o Rock in Rio (e perdeu o show do lindo, maravilhoso do Justin Timberlake) ou porque você não está participando do casamento da sua amiga, simplesmente aperte um botão e espie o mundo lá fora sem medo de perder todos os detalhes.

E se perder, que se FODA!!!

Sem título

Imagina na Copa?!!!

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Hoje acordei poeta e resolvi dar uma folga em tanto post sobre viagem, (na verdade, só um pouquinho) – aguardem os de Nova Iorque – pra devagar sobre vários problemas existenciais da blogueira aqui, que vos fala.

Depois de passar uma noite inteirinha acordada pelo uso indevido de cafeína, meu cérebro gira, minha coragem de vestir uma roupa e ir pra academia é cada vez menor, mas não posso sucumbir a preguiça porque meu personal me aguarda e se eu não for pago do mesmo jeito (isso não, nem pensar).

* Não vou tomar nunca mais cafézinho antes de ir pra cama, mesmo que seja de baunilha e mate minha vontade de comer chocolate.

Finalmente, chego no cerne de toda problemática da coisa – seguir ou desseguir – Eis a questão?!

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Essa vida vivida nas mídias sociais é uma montanha russa, literalmente.

Tem dias que você está lá em cima, seus posts são comentados, e, é like que não acaba mais, em compensação em outros dias, tudo está uma merda, nem a sua mãe deu like no seu post hoje.

Agora, a questão esquenta quando você descobre que sorrateiramente aquela pessoa que um dia se dizia sua amiga, abandonou o barco dos seguidores.

Como assim?!! o que eu fiz pra você?!! nãoooooooooo!!!

* Ah, só pra (te) lembrar eu tenho tracking TUDO – facebook, instagram, twitter e o que mais existir – ou seja, uma espécie de “eu sei o que você fez no verão passado”

É a partir desta constatação que o meu dedo indicador fica sob tensão, pensamentos negativos invadem o meu coração, uma luta entre o diabinho e o anjinho começa a ser travada.

Eu tenho que me decidir se aperto de volta ou não o botão de desseguir?!!!

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Minutos de silêncio. Finalmente tomo a decisão…

Aí, eu te pergunto – IMAGINA NA COPA?!!

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Fotos: Reprodução

Um diálogo improvável

Dia desses meu filho adolescente me pediu uma guitarra de presente de aniversário, pensei, pensei no barulho, no preço da guitarra e fui convencida por um grande argumento emocional, que vou narrar abaixo.

– Mãe, você não disse que eu precisava me ligar mais às artes?!

– Sim, aonde quer chegar?!

– Então, o meu professor de música me deu o nome de um lugar, onde vende guitarra por um preço ótimo.

– Como assim, você começou a estudar música agora e já quer uma guitarra novinha?!

– Então, assim posso treinar mais em casa e relaxar.

– Ah! ótimo, enquanto você relaxa eu me estresso?!!

– Mãe, você sabia que todo músico dá um nome de mulher à sua guitarra?!

– Sério?!

– Sério, quer ver?!

– Quero…pra quem você está ligando?!

– Pro B.B.King.

– Como assim?!! vocês se conhecem?!

– Claro, somos amigos de Facebook, pera aí. Hello…Hi King, What’s up bro?!

–  Hi, Peter from Brazil. How are the guitar lessons?!

Nice. King, Can you tell my mom the story of your guitar’s name?!

Of, course!!

E foi aí, que eu me vi falando com B.B. King do outro lado da linha.

(tradução simultânea)

– Senhora Micheletti, em 1949, eu me apresentei em um salão de dança em Twist, Arkansas. Era inverno e fazia muito frio. Na época, costumávamos acender um barril de querosene no centro do salão, para mantê-lo aquecido.

No meio da apresentação, dois homens começaram uma briga e derrubaram o barril cheio de querosene, que imediatamente começou a espalhar as chamas por todo o salão.

Quando eu já estava do lado de fora do salão a salvo, lembrei da minha gutiarra Gibson, não tive dúvidas e voltei para o salão em chamas, conseguindo salvar a minha guitarra e a mim.

– Vocês sabem qual foi o motivo da briga?!

– Não!!

– Uma mulher, Lucille. A partir daquele dia, esta e todas as minhas outras guitarras passaram a se chamar Lucille, desse modo eu nunca me esquecerei da loucura que fiz, ao entrar em um salão em chamas

Voltando a falar com o meu filho.

– Nossa que estória incrível, agora me diga…como vai se chamar a sua guitarra?!

-Ah! mãe, que pergunta…Luciana.

Não preciso dizer que ele ganhou a guitarra, né?!

B.B.King

Foto: Reprodução