#Nos40DoSegundoTempo

Tokyo – Onsen

TOKYO - DQZ - japão Foram várias as cidades que eu conheci pelo Japão, mas uma foi especial ~ Tokyo. Cosmopolita, antenada, moderna, cheia de pessoas interessantes andando pra cima e pra baixo, mas ainda assim, reserva um lado tradicional da sua cultura, e, foi por isso que esta se tornou a minha preferida nesta viagem.

Um dos passeios mais surpreendentes, foi conhecer um Onsen ou para nós seria uma “Casa de Banho” ou “Águas Termais”, onde, literalmente a regra é ficar totalmente nua, não importa a idade, nem tão pouco a forma física, todas a japonesas andam sem o menor pudor, como vieram ao mundo, sem que isso seja algo perturbador ou inconveniente, simplesmente elas estão super confortáveis em seus corpos.

Única regra que possa impedir alguém de frequentar o recinto é possuir tatuagens, por causa da máfia japonesa ~ Yakusa ~ ninguém que tenha uma é bem vinda nas águas.

Pra chegar foi preciso pegar o metrô e em seguida o trêm, mas nada que tenha sido complicado, o japonês apesar de falar muito pouco inglês (ou quase nada) é muito atencioso e se esforça pra ajudar você, mesmo que seja na mímica.

Olsen - Tokyo

Olsen - Tokyo - LuMich

Logo na entrada, você recebe uma pulseira com sua identificação de código de barra, nada de dinheiro dentro dos domínios do Olsen. Além, é claro, de escolher seu kimono, afinal será assim que você e todos os outros frequentadores estarão trajados para passar o dia, aproveitando as maravilhas que estão por vir, assim que passar pelo vestiário.

A area comum entre mulheres, homens e crianças é uma espécie de “praça de alimentação”, claro que as comidas são típicas, ou seja, escolher o almoço pra mim foi dureza, primeiro porque eu não entendia nada e segundo porque eu não gostava de nada, enfim descobri uma barraquinha que vendia batata-frita e me empanturrei delas.

Outro espaço maravilhoso é o jardim, onde fica o lago de pedra, feito para relaxar, contemplar e conversar, mas o bom mesmo fica por conta das massagens, tem de todos os tipos, na cabeça, nas costas, no corpo inteiro, na mão e a melhor de todas, e, que eu me viciei ~ a dos pés ~ como japonês é bom nessa massagem. Quase melhor do que chocolate!

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Fotos: DQZ

Japão

Acabei de voltar do JAPÃO e nestes quase 20 dias de viagem, duas características me impressionaram muito por essas terras nipônicas; a eficiência e a gentileza. Tudo funciona perfeitamente, milimétricamente sempre conduzidos por um povo dedicado, que costuma curva-se para sorrir e agradecer, sorte a minha ter vivenciado um pouco dessa cultura milenar, onde a história é marcada pelo esforço, guerras e superação.

A partir de agora, conto um pouco do que vi e vivi nos meus próximos posts no DQZ.

A Tarefa não será fácil, afinal além das várias cidades que eu passei, dos muitos templos que eu conheci e de todos os restaurantes em que eu comi peixe-cru, o saldo final foram de 1.000 fotos aproximadamente, onde eu e minha câmera a tiracolo trabalhamos juntas. Escolher as melhores fotos para ilustrar cada post, requer muito desprendimento em abandonar outros tantos bons momentos capturados.

Enfim, os trabalhos estão abertos. Espero que gostem dessa viagem e viagem comigo.

Vamos começar com algumas fotos de TOKYO e meus primeiros passos pela cidade.

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Fonte: Mundo-Nipo.com

Fotos: DQZ

Yayoi Kusama na Louis Vuitton

Hoje andando por Nova Iorque me deparei com uma pequena multidão em frente a loja da Louis Vuitton, na quinta avenida.

Na frente da vitrine uma surpresa. Uma senhorinha, toda estilosa e praticamente imóvel, vestida inteirinha de POLKA DOLTS apresentava a nova coleção da marca.

Quando consegui chegar perto da vitrine, vi quem era a tal senhorinha. Yayoi Kusama, uma das grandes artistas pop japonesas, conhecida e reconhecida por seu trabalho e por sua história de vida.

Yayoi, é obcecada por bolas e pontos, parte da sua inspiração se dá ao fato de ser esquizofrênica. Segundo a sua própria narrativa sobre a doença, ela é atormentada por visões de pontos e bolas.

A artista nasceu em 1929, e desde muito cedo passou a ter alucinações e uma percepção diferente da realidade. Com um relacionamento conturbado com a mãe, que nunca aceitou sua veia artística, seu quadro emocional se agravou ainda mais.

” Minha arte é uma expressão da minha vida, sobretudo da minha doença mental, originário das alucinações que eu posso ver. Traduzo as alucinações e imagens obsessivas que me atormenta em esculturas e pinturas. Todos os meus trabalhos em pastel são os produtos da neurose obsessiva e, portanto, intrinsecamente ligado à minha doença. Eu crio peças, mesmo quando eu não vejo alucinações”.

Durante um determinado período Yayoi, viveu nos Estados Unidos e conviveu com artistas como,  Andy Warhol, Joseph CornellDonald Judd e Georgia O’Keeffe, esta última responsável pela vinda da artista ao país.

Em 1973, quando a doença se agravou Yayoi, resolveu voltar para o Japão se internando em um Hospital Psiquiátrico, onde vive até hoje.

Suas obras podem ser encontradas ao redor do mundo, uma delas se encontra no Brasil no Centro Cultural de Inhotim/ MG.

A obra Narcissus Garden Inhotim (2009), é uma replica de uma escultura feita para a Bienal de Veneza em 1966.

“Se não fosse a minha arte, eu  já teria me matado há muito tempo”

Agora voltando a simpática senhorinha da quinta avenida, devo dizer que sua colaboração para Louis Vuitton além de encher a loja de bolinhas, as roupas, as bolsas e os acessórios, também encheram os meus olhos de bolinhas na mais poética figura de linguagem.

Afinal de contas, esse tipo de linguagem não tem compromisso com a objetividade e com a realidade tal qual ela é, assim como a vida e a obra de Yayoi.

Ps: e como toda alucinação se confunde com a realidade – a Yayoi da foto acima é uma BONECA DE CERA!!!

 A coleção