Nasci intolerante ao leite de vaca, minha mãe narra um episódio dos meus primeiros (capítulos de vida) meses, com certa emoção e superação. Após, uma crise feia, onde eu havia desidratado completamente, por conta da rejeição do tal leite, só restou a paciência materna sendo usada a meu favor.

No caso, Mommy precisou entrar com a receitinha do velho e bom soro caseiro, dado a cada 15 em 15 minutos (durante o dia e a noite), caso contrário meu destino seria passar pelo hospital, para uma internação básica. Isso ficou no passado, sem traumas alimentícios, confesso que nem me lembrava mais (claro, eu era bebê), até o momento.

Segui a vida tomando pouquíssimo leite e comendo menos queijo ainda, assim como iogurtes e seus derivados. Nunca fui “Big Fan” dessas comidas, pra dizer a verdade sempre fui mais chegada, no meu arroz com feijão. Chego a salivar só de pensar numa feijoada, por exemplo.

Porém, depois de engravidar duas vezes, parece que o meu paladar mudou, sim homens, isso é verdade. Aposto que o de vocês também e, olha que nem precisa ficar grávido, viu?! o meu foi mudando e eu acabei virando “Big Fan” do leite nosso de cada dia. Ah, esclarecendo, eu não acabei de parir, ok?! aliás isso foi “a long time ago”, mas a mudança veio vindo e o fato é que mudou com o tempo.

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Hoje, eu morro de amores pelos queijos, pães e um café macchiato (aquele com a espuminha do leite). Detalhe, café pra mim era mais amargo que, a própria palavra amargo, sem açúcar então, simplesmente não rolava.

De repente, no auge desse amor com o leite, comecei a ter problemas de ordem gástrica. Em algumas ocasiões depois de comer, minha barriga dilatava, inchava, como se eu estivesse grávida de 9 meses (ok, contém uma certa dramaticidade narrativa, mas por uns 6 meses ela passava), inclusive, se eu fosse pra uma fila preferêncial, ninguém duvidaria.

Então, lá fui eu fazer o tal exame de – intolerância à lactose – tive que ficar umas boas horas bebendo um líquido nojento, com gosto de sabão até ser liberada. Achei que isso deveria ser “modinha” do médico, afinal everebody hoje em dia é intolerante a alguma coisa, seja de glúten, de leite, de açúcar ou de gente (puro sarcasmo).

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Resultado: sou intolerante. E agora?! como esquecer os prazeres dos meus queijos portugueses, recém adquiridos na minha última viagem?! e sobre o chocolate, que será da minha TPM?! pior, o que farei com aquele macchiato, depois da aula de corrida com as amigas?! Oh céus, como proceder?!

Me encontro neste exato momento aprendendo a desapegar do leite, procurando soluções gastronômicas para substituir meus desejos do passado e tentando mudar meu paladar, mais uma vez. Isso sem falar, do meu kit sobrevivência de primeiros socorros, ele faz parte agora do meu ser: tenho que carregar meu sachê anti-lactose, caso eu sucumba as tentações da carne, digo do leite.

E como boa leonina, fui fazer minha lição de casa neste final de semana. Por indicação, fui conhecer a Lilóri, uma padaria com pegada natureba, livre de glúten e ora vejam, lactose. Comprei pãezinhos pra congelar em casa, mas o mais gostoso foi tomar o meu machiatto com leite, mas dessa vez, leite de amendoas. Posso dizer com sinceridade, adorei o sabor, sobre o brigadeiro ainda tenho minhas restrições, preciso de mais tempo para a adaptação do chocolate sem leite.

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Por isso, minha amiga e meu amigo, que vive com suas restrições, aqui é o point e, é só chegar.

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