A convite da RIACHUELO, o meu sábado começou bem cedo, mas por um motivo nobre.

Na Escola São Paulo, grandes nomes da moda foram os convidados do Seminário Internacional de Jornalismo de Moda, que contou com a ilustre presença da editora do Estúdio Berçot de Paris – Marie Rucki.

As palestras foram todas mediadas pela editora da Harper’s Bazaar Brasil – Maria Prata.

A primeira palestrta da manhã discutiu o o impacto das editoras de moda no universo jornalístico fashion, tema este comentado por Marie Rucki, que entre outras coisas, afirmou – ” Não podemos falar de moda como antigamente, a moda evolui da mesma maneira que a evolução científica”.

Marie fez primeiro um apanhado pelo passado, onde pontuou vários momentos marcantes da moda mostrando suas particulidades no tempo. Entre eles, a moda do começo da década de 40, que apenas falava sobre os trajes das muheres ricas, sem fazer uma análise de moda.

Em seguida seu foco se voltou para duas grandes editoras de moda, Diane Vreeland e Anna Wintour. Dois estilos diferentes, a primeira era uma artista brilhante, já a segunda uma pragmática, que encontrou eco com as finanças.

Passando para a segunda palestra do seminário, a nossa papisa da moda – Costanza Pascolato, falou sobre o tema as Interpretações da Moda.

Costanza, começou sua fala explicando como faz para analisar um desfile, disse que usa toda a sua bagagem cultural e intuição a favor de suas críticas na hora de escrevê-las.

Em seguida, emenda uma delas para as pessoas do ramo – ” As pessoas que trabalham na moda, são ignorantes”, elas não lêem, não vêem filmes ou se interessam em aprender.

Mas, a melhor análise foi feita sobre a saída de Nicolas Ghesquière da Balenciaga, uma marca conhecida por sua vocação de laboratório, sem apelo popular e que ao longo desses 10 anos, tendo Nicolas a frente da direção criativa, conseguiu modernizar os códigos da marca trazendo de volta a sua importância no cenário mundial.

Contudo, seu legado passa agora para as mãos do jovem Alexander Wang, o que causou uma certa estranheza no mundo da moda, devido a diferença de estilos, mas por outro lado Marie nos mostrou que a decisão não foi tomada de maneira impensada, mas sim estratégica.

O fato da marca apenas servir como laboratório, toma agora um novo rumo mais comercial com a direção de Wang, que além de possuir tino apurado, ele se introduziu e hoje faz parte de uma sociedade de jovens, ricos e influentes, capazes de influenciar as massas.

A terceira palestra contou com a presença do sempre simpático – Dudu Bertholini, onde o tema foi editoriais de moda.

Para Dudu, o importante no trabalho de stylist é entender o público alvo e mirar o objetivo final. Ele, prefere atualmente ser chamado de Image Maker ou Criador de Imagens, afinal esse é o seu trabalho, quando uma roupa desfilada precisa de uma imagem marcante para se tornar desejada, tudo isso é feito através de um editorial.

Eu particularmente, adoro ouvir o que o Dudu tem para dizer e, é por isso que eu gravei um pouquinho da sua fala sempre alegre, simpática e inteligente.

Agora com vocês meus momentos de TIETE…

E por fim, as minhas amigas de seminário – Paula (blogueira), Fê (diretora de conteúdo de mídias sociais) e Marcia ( jornalista).

Love, LuMich

Fotos: DQZ