Estou em plena reforma aqui em casa, simplesmente um belo dia olhei pra minha sala e, ela não me representava mais, alguma coisa estava diferente, eu não me sentia bem nela, aquela sensação de aconchego não existia mais. No começo, pensei no óbvio. Vou reformar o sofá e pintar a sala, dar o famoso tapa. Comecei a pensar e parei pra me questionar, diante de tantas mudanças recentes no meu comportamento, a “pequena reforma”, seria MUITO mais ousada.

Pra começar, nada de trocar 6 por meia-dúzia. Resolvi que estava na hora de trocar todas as cores e tecidos – móveis e paredes – de mudar todos os quadros de lugares, rearranjar a disposição dos objetos nas prateleiras, mandar fazer a minha tão sonhada estante – pra encher ela, com as minhas lembranças de viagens – jogar fora aqueles lustres horrorosos (que eu sempre detestei), diminuir a quantidade de objetos que não significam mais nada pra mim, tirar os excessos, enfim estava na hora de quebrar as regras, aquelas que eu mesma criei e impus pra mim.

Quer saber, coisa mais louca isso, não é mesmo?! a gente se acostuma por inércia a tantas coisas, que elas passam a fazer parte da nossa rotina e, não nos damos conta que podemos simplesmente mudar ou ousar, não é ?!. Olha isso, eu tinha uma cor de batom que um dia eu experimentei, gostei, comprei e passei a usar sempre. Agora, me diga porque raios eu usava “sempre” ?! vamos passar a vida inteira usando a mesma cor de batom?! isso aconteceu há anos atrás, fiquei anos usando o mesmo batom até, ele sair de linha, só assim pra eu quebrar o meu padrão, ou seja essa mudança foi a força e não valeu, nada intencional.

Sendo assim, o que importa é a mudança de dentro pra fora, aquela que altera a nossa mente, o modo como nos enxergamos e enxergamos o mundo. Mudar faz bem, quebrar as regras nos tira da zona de conforto. Não estou falando pra gente sair por aí fazendo só o que quer, ou na hora que quer, isso se chama falta de educação, mas se respeitar e dizer não pra um padrão pré-estabelecido, isso sim vale a pena.

Você não precisa sair pra jantar toda sexta-feira com aquela turma de amigos, se você não quer mais, se respeite, o desejo alheio não pode prevalecer acima do seu. E, é nisso que eu me foco hoje em dia. Não preciso virar nenhum ser anti social, mas posso respeitar meus desejos e minhas vontades. Ser blogueira é um grande exercício nesse sentido, quantas vezes eu me vi em situações, do tipo “tenho que ir” a um determinado evento, só porque a minha ausência pode ser vista como descasso, “pega mal não ir”, corro o risco da assessoria ficar brava e, até me cortar do mailing. Quem nunca passou por algo semelhante?! será mesmo que vale a pena toda essa preocupação, sabendo que um evento não vai te render nada em termos profissionais?! será apenas, pra fazer número.

Hoje em dia, eu procuro frequentar os eventos que tem uma conexão maior com o meu trabalho, não me permito mais me desrespeitar, afinal eu tomo as rédeas da minha vida e dos meus projetos, decidindo o que eu não quero mais pra ela. Esse novo processo, me ajuda a mostrar quem eu sou de verdade, a ter a real dimensão de mim, pra mim e para os outros. Esse auto-respeito é parte do meu crescimento pessoal. Um exercício de expansão da minha sensibilidade, vontade, pois à medida em que eu aprendi que eu mereço essa consideração, eu quebrei as regras, sai da zona de conforto e sou mais livre/feliz.

Em tempo, minha reforma está  bastante encaminhada. Mudei as cores dos tecidos, dos sofás e das poltronas, ousei na cor e troquei o layout da sala, os quadros mudaram de paredes (desisti de alguns deles), joguei fora determinados objetos, comprei lustres novos e lindos. Agora, falta a estante, mas já está quase pronta. Em breve, uma nova sala e uma nova LuMich, ambas cheias de vontade, respeito e quebrando as regras.

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