#Nos40DoSegundoTempo

Quando a gente se une!

Desde que eu comecei a estudar e me aprofundar mais nas questões sobre o feminino e a terapia holística, eu passei a acreditar cada vez mais no entrelaçamento quântico entre as pessoas. Não à toa, a gente esbarra com uma pessoa que acabamos de pensar apenas algumas horas depois ou recebemos uma mensagem de alguém a quem estávamos prestes a fazer o mesmo, não é mesmo?!

Há quem chame isso de coincidências do destino, eu prefiro dizer que são as ondas mentais, entrando na mesma frequência. Sempre acreditei que a união faz a força, que um coletivo feminino é estranhamente poderoso, na prática as minhas experiências sempre foram muito ricas a ponto de mexer com vários paradigmas meus. Elas, sempre foram boas e me deram muita experiência, recentemente eu descobri o quanto elas são poderosas internamente. É, verdade, eu já fazia parte de alguns grupos de mulheres, tanto pela internet quanto alguns grupos de amigas ou outras parceiras, todas ligadas pelo mesmo propósito: incentivar e ampliar as conquistas femininas. Então, experiência com mulheres sempre houve. Dessa vez, a experiência foi um pouco diferente, um petit comitê de 5 mulheres.

Inclusive, eu criei o projeto #Nos40DoSegundoTempo { AQUI } que está criando asas a cada dia, tenho ótimas perspectivas no horizonte e em breve, teremos o nosso segundo evento para nós mulheres.

Meu universo feminino conspira a meu favor.

Diante de todas essas conquistas particulares, frutos do meu autoconhecimento, eu passei a um segundo estágio, o de  me desnudar por inteira, eu venho trabalhando dessa maneira há algum tempo. Isso vem me levando à constantes descobertas, insights e aprimoramento (com afinco) nas mudança das minhas sensações negativas, afinal elas devem estar em alinhamento com a minha narrativa. Nada adianta narrar um sentimento, se eu sinto de outro jeito. Vejo com frequência nós mulheres sentirem de uma forma e externarem de outra.

As dores são perturbações da mente

Foi aí que a união faz a força. Diante de tantas aulas, muitas dúvidas e uma enorme curiosidade em desvendar os mistérios do nosso subconsciente, decidimos criar nosso grupo de estudo/terapia. Pode parecer ousadia da nossa parte, afinal estamos em formação, mas desde que começamos só tivemos momentos extremamente enriquecedores e, eles mostraram o quanto está valendo a pena essa união. O trabalho é árduo, o que se vê na ponta do iceberg pessoal de cada uma de nós é só uma pequena parcela do que se encontra por debaixo dele, nossas memórias são seletivas, elas escondem o sofrimento e a dor aparentes, mas não deixam de se manifestar no nosso dia a dia, muitas vezes em forma de doença. Por isso, essa reforma interna e tão intima faz com que, a gente passe a reconhecer o nosso valor e se livre da culpa.

  • Mente consciente = a existência
  • Mente subconsciente = o arquivo das nossas crenças
  • Mente Inconsciente = a memória implícita/explícita

Tapar o sol com a peneira nunca foi muito eficiente, não é mesmo?! então, se deparar com quem você realmente é de verdade sempre será a melhor saída pra sua autoestima. Valorizar o seu lado bom, perdoar o seu lado não tão bom assim, enfrentar suas limitações de frente, tentar superar seus medos de peito aberto e, no meu caso ver o que a chegada dos 40 anos está me proporcionando de bom, e aceitar o que tem de ruim, sem me tornar uma vítima da idade muitas vezes estigmatizada, criando uma estratégia mental a meu favor.

Recomendo MUITO que nós mulheres criemos pequenos grupos entre nós, quantas vezes temos problemas e não temos recursos para buscar ajuda de profissionais, cada uma de nós tem sempre um pouco pra passar, pra ensinar ou apenas para amparar. UM abraço apertado muitas vezes basta pra mudar o nosso humor e criar esperança aonde não se tinha mais.

Não costumam falar que nós mulheres não sabemos ser amigas umas das outras?! que a inveja e a intriga rola solta?! essa foi a maior crença coletiva inventada na história até hoje. Crescemos e ouvimos essa ladainha. Ok, o mundo não é cor de rosa, mas também não é 100% traiçoeiro. Dá mesma maneira que, a nossa mente encontra “sem querer” aquela pessoa, podemos fazer o mesmo com nossas amizades. Encontrar amigas que estejam na mesma sintonia que a nossa e, se for o caso desapegar de amizades antigas que não acrescentam mais nada, pode ser o caminho pra nossa liberdade. A vida é feita de ciclos, as amizades também são assim.

Muitas mulheres me ensinaram muitas coisas, mesmo aquelas que me fizeram sofrer. Acredito que eu também fiz o mesmo tanto para o bem, quanto para o mal, com outras tantas mulheres, mas não é porque existe  “uma fama” entre nós mulheres que, não exista a união verdadeira. Somos muito melhores que as fofocas e as intrigas criadas. Somos mulheres e amigas. Nossa evolução está atrelada a novos horizontes, novas “famas” e mudanças de conceitos pré-estabelecidos. Por isso, eu sempre vou acreditar: A união faz a força!

As máscaras {ou buraco negro}

Lá na década de 90, Eu, LuMich fui uma estudante de teatro. Minha familiaridade com as máscaras do teatro grego me deram a possibilidade de criar personagens por trás delas. Pra quem não sabe, as máscara surgiram nas festas dionisíacas e, em seguida, foram incorporadas aos principais gêneros de peças daquela época: a tragédia e a comédia.

Um detalhe crucial do teatro com máscaras era que, mulheres não podiam participar das encenações. Sorte a minha, não ter nascido naquele tempo, o machismo abortava a arte feminina. Mas, como eu não vou me aprofundar no tema do machismo, apenas pontuei o fato, eu vou falar mesmo são das máscaras, mas não exatamente as do teatro e, sim as máscaras da vida real.

 

"Quantas vezes nós usamos máscaras durante o dia?!" 

Não adianta dizer que você não fez escola de Teatro no Macunaíma como eu, porque esse papo não é só para atores e atrizes, estou falando de uma maneira geral. Tá bom, vou explicar melhor com um exemplo meu. Eu não sou uma pessoa tímida (já fui muito, na adolescência), geralmente eu consigo transitar bem por onde eu ando, mas eu não estou imune de situações onde eu não me sinta 100% segura ou confortável.

Enfim, nessas minhas andanças pela blogosfera, logo no início do blog, os eventos aos quais eu passei a frequentar nem sempre eram ambientes acolhedores, rolava sempre uma panelinha aqui e outra acolá. Algumas assessorias ou responsáveis por determinadas marcas nem sempre eram gentis, ok, não dá pra querer ser sempre recebida como se fosse pela Tia-avó fofa ou melhor amiga. Fato.

Nessas ocasiões eu vestia a minha máscara de: blogueira bem resolvida, cheia de personalidade, nem aí pra torcida do Flamengo e, muito menos deixava a peteca cair. Ossos do ofício, afinal ambientes hostis estão por todas as parte. Eu precisava era me defender com o que eu tinha nas mãos, digo no rosto, a minha máscara de blogueira power.

Assim que eu virava a esquina, a máscara da power blogger desaparecia, certo?! certo. Caso contrário eu poderia me confundir e transformar uma encenação necessária e momentânea, em uma farsa pessoal eterna. Cair no famoso “Buraco Negro” da máscara.

Levar a máscara pra casa ou pra vida, apenas mascara o nosso vazio interior. A partir do momento em que ela cola no rosto, perdemos a nossa essência. Desaparece a nossa identidade e o risco de passarmos a atuar permanente é um fato consumado. Não saber quem somos – eu não me refiro ao nome e data de nascimento – é o caminho pra uma vida vazia, cheia de atuações grotescas. Assumimos vários papeis durante a vida, muitos deles para agradar aqueles a nossa volta, somos as filhas obedientes, as mães perfeitas ou as workaholic bem sucedidas, enfim somos ou estamos representando o que esperam de nós?!

A gente idealiza uma imagem lá dentro do nosso ego, de repente, passa a vestir a máscara como se ela fosse de verdade. Eu entendo, muitas vezes estamos perdidos nas nossas questões, como: confiança, aprovação e segurança. É tentador vestir a máscara, mas não se enganem, satisfazer o ego para evitar o sofrimento não funciona a longo prazo. A conta chega. Gosto de pensar que o equilíbrio é a incerteza da vida, afinal a vida é imperfeita, então porque raios queremos a perfeição?!

Em tempos de internet, a tentação do uso das máscaras é cada vez maior. Maior também é a tristeza de cada um de nós. Esse papo de aparências a todo custo, tem um preço muito alto a ser pago. Um pouquinho de compaixão, esse é o melhor remédio pra anular o seu e o meu ego. Vamos ter mais consciência de quem realmente somos e, isso não deve estar ligado a palavra sucesso. O sucesso não é um passe livre pra felicidade. Sobre os meus #40NoSegundoTempo eu posso dizer que, ele veio na hora certa, e trouxe sabedoria e autoconhecimento pra eu me livrar das máscaras que insistiam em colar no meu rosto. Hoje eu sou muito mais livre, as máscaras não me dominam…eu domino-as.

 

Sobre o Carnaval…

Das polêmicas {comportamentais} desse Carnaval, temos ?:::: os peitos “caídos” de Bruna (e, sem silicone), a coleira (anos 90) ”nada original” de Sabrina, os libs “ousados” (nos mamilos) de coração da Cléo. Além, das questões de cunho sociais/antropológicas, como a pergunta sobre o uso do cocar ser ou não uma apropriação cultural dos índios e suas tribos?? se fantasiar de Jojo Todynho não é fantasia é preconceito?! será que o mesmo exemplo, pode ser usado pra quem se fantasiou de Ivete grávida?! Enfim, temos assuntos não é Genthyyyyy?!!! ?

Enfim, vamos falar de MULHERES, da relação do corpo feminino e o Carnaval, deixo as outras questões acima para um próximo post.

**Estou fantasiada de mim mesma, vai que, 
eu desrespeite alguma regra do politicamente correto, né?!

Das polêmicas {comportamentais} desse Carnaval ?:::: os peitos “caídos” de Bruna (sem silicone), a coleira (anos 90)”nada original” de Sabrina, os libs “ousados” de coração da Cléo, usar cocar é apropriação cultural dos índios e suas tribos?? se fantasiar de Jojo Todynho não é fantasia é preconceito?! será que o mesmo exemplo, pode ser usado pra quem se fantasiou de Ivete grávida?! Enfim, temos assuntos não é Genthyyyyy?!!! ? **Estou fantasiada de mim mesma, vai que, eu desrespeite alguma regra do politicamente correto, né?! _________________________________________ #nos40dosegundotempo #mulherde40 #comportamento #papocomportamental #mulherfashion #minhafantasia #falandosobre ? by @joy_imageyou

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Vamos por partes, começaremos por uma pergunta na lata “Que diabos se passa na cabeça das pessoas, em ditar regras sobre as formas em relação ao corpo de outras mulheres?!” Sim, mulheres, porque passa Carnaval, entra Carnaval e, é sempre sobre os nossos corpos femininos que as pessoas falam, reclamam e ofendem sem o menor pudor.
Desde quando foi instaurado um padrão único e absoluto do tamanho e formato dos seios femininos?! Ora pois, os seios da Bruna são perfeitos, simplesmente porque não existe certo ou errado. Se ela não usa silicone ou, se ela não turbinou o tamanho deles, é, porque, ((certamente)) ela esta satisfeita e feliz com eles. E, se não estiver, isso não é da minha ou da sua conta, concorda?!

 Sendo assim, nem eu e nem você temos nada a ver com isso?!

Vamos nos libertar das amarras desses velhos padrões de beleza impostos à nós mulheres, não é mesmo?! Ao invés de usar o megafone SEMPRE apontado para as críticas, vamos usá-lo para DAR liberdade aos diferentes tipos de corpos e seios que existem em nós. Vamos cuidar da nossa própria vida.

Aliás, minha meta em relação aos meus seios é me libertar cada vez mais do sutiã. Já, abandonei todos aqueles que me apertavam, incomodavam e limitavam meus movimentos. Meu melhor aliado hoje em dia, são os tops: confortáveis, leves e macios, além de dar aquela sustentação básica, sem esmagar os meus seios. Pura liberdade.

Também quero andar sem sutiã na rua, sem me sentir nua. Sem que meus mamilos chamem toda à atenção como se eles fossem uma afronta aos bons costumes. Quero andar sem nenhum olhar desaprovador ou pior, aquele olhar sexual de um tarado neles.  O chamado constrangimento na alma.

Que um decote diga muito mais sobre o meu gosto fashionista, do que a minha moral. Ela é minha, assim como o meu corpo. Se eu mostro mais ou menos, ninguém tem nada a ver com isso. Tenho ódio mortal de ainda ouvir a seguinte frase, carregada de preconceito “Mas essas meninas vão pra balada com a barriga de fora e a saia cada vez mais curta”. Problema é seu meu senhor e minha senhora, se a sua mente é no mínimo retrógrada, atrasada e ultrapassada, não venha julgar a roupa alheia.

Ainda sobre peitos “Porque essa celeuma toda em relação ao visual “ousado” da Cléo?!” Os grupinhos dos moralistas de plantão do Whastapp estão neste momento passando e repassando um vídeo “indecente” dela se divertindo na night carnavalesca, devidamente com suas “tetas de fora”, como gostam de falar. Oh, que escândalo!#SQN.

Quanta incoerência. Ela está no Sambódromo, assistindo a um desfile de Carnaval, onde outras mulheres desfilam seus corpos em suas fantasias igualmente “ousadas”. Porque, ela é então, a vítima do megafone das críticas?!
Ora pois, mais um caso de falta do que fazer. Agora, o mais chocante são sempre os comentários, na sua grande maioria denegrindo a moral da pessoa. Como se a “ousadia” dela fosse um pecado ou sinal de vulgaridade. Como se a mulher tivesse nascido pra ser casta e nada mais. Como se a mulher não podesse expor seu desejo e sua sexualidade.

Enfim, só lamento. Melhoramos muito, mas ainda falta um longo caminho pra que, mulheres e homens deixem de temer essa nova mulher, cheia de desejos, segura e dona do seu próprio corpo. Afinal, Não é não. Nesse Carnaval devemos nos ater ao que realmente foi um marco, a disseminação da palavra NÃO da mulher contra o assédio, do respeito, da brincadeira sem excessos, ou do avançar do sinal vermelho.

Sobre a Sabrina, entre uma homenagem e outra (Luma de Oliveira & Duda Nagle), nada de novo. Não achei submissão, nem tão pouco, machismo às avessas, apenas um pouco de falta de originalidade. Mas como ela mesma disse “Não tem nada mais feminista do que a gente homenagear outra mulher. Não é verdade?!“, nisso concordamos, pelo menos eu concordo com ela. Acho muita evolução feminina, mulheres que se elogiam, se reconhecem e trocam opiniões civilizadamente. Afinal, não tem nada mais empoderado do que respeitar a decisão de uma mulher.

Com tudo isso, vamos recapitular algumas lições comportamentais:

  • Meu corpo, minhas regras
  • Não é Não!!
  • O corpo é meu, você não tem nada a ver com isso
  • O seio é meu, você não tem nada a ver com isso
  • Somos milhares, como pode existir apenas UM padrão de beleza a ser seguido?!
  • Leve seu megafone de críticas para o seu terapeuta, você está precisando se olhar primeiro
  • Chega de difamação moralista nas redes sociais