Não adianta o povo te achar com cara de eterna menininha e falar que você está muito bem, obrigada.
Chegar aos quarenta mexe com a gente, pelo menos comigo foi assim, zoou o meu barraco, criou dentro de mim um botão de alerta onde a cada visita minha à dermatologista, só faz aumentar a minha lista de novas queixas.
Notar os primeiros sinais do que antes era (quase) perfeito e agora não mais, faz com que você comece a experimentar um pouco de tudo – dermatologicamente falando, é claro. Não pensem besteira.
A começar pelo botox, aquelas pequenas agulhadas no rosto são as primeiras de muitas, o resultado quase instantâneo parece mais um milagre, aliás se você não acredita em milagres, passará a acreditar, vai por mim.
Seu rosto de uma hora pra outra se transforma, dá até pra sentir uma leve repuxada lateral, o que faz evidenciar mais o seu maxilar que outrora foi bem marcadinho e que te fazia durante o tempo da adolescência ser uma gracinha.
Seguindo o curso natural do rio, a segunda etapa fatalmente cairá no preenchimento. Assim que me olhei um dia no espelho e reparei naquele bigodinho chinês cretino me olhando, decidi mandar prendê-lo imediatamente, sem direito a habeas corpus.
Impressionante como essas intervenções são milagrosas, olha lá eu falando novamente em milagres, mas o que posso fazer?! são. A bem da verdade que este é um milagre do tipo pago, que santo nenhum pratica e diga-se de passagem, custam caro.
Meus carnes do baú que o digam…primeiro é preciso ter coragem de pagar pelo preço dos tratamentos, em seguida pagar as 42 parcelas sem juros, quando finalmente a última se aproxima, chegou a hora do retorno com a dermatologista, conclusão óbvia, macaco quer banana, Luciana quer novidade.
Ao adentrar dia desses na sala da dermatologista vou logo reclamando e exigindo novos métodos eficazes que possam sanar as minhas últimas queixas – no caso minha papada – com muita paciência ela, a médica, passa a falar de uma nova máquina e pra me convencer mostra os famosos slides de antes e depois, como se isso fosse necessário, sou a pessoa mais facilmente crente da face da terra nesse quesito na hora de convencer.
Marco para a próxima semana uma sessão dessa nova máquina chamada Ulthera. Uma hora antes, me besunto na cara de pomada anestésica e parto para a clínica.
Chego, pontualmente na hora marcada e já sou informada “vai doer um pouquinho”.
Depois de meia hora tomando choques, sim porque a droga da anestesia só fez fazer adormecer o meu buço que não chegou a tomar um único choque (e a quem possa interessar, até o final deste post ele ainda estava dormindo), saio da sala meio, como posso explicar?! anestesiada de tanto choque.
Esse troço dói, viu?! mas o que são 30 minutos em nome da beleza?! nada.
Enfim, exageros existencialistas e dermatológicos a parte de uma DramaQueen nada Zen, experimentei mais esse procedimento estético.
O resultado final aparece no prazo máximo de 3 meses, e lá espero estar com uma carinha de neném.
Porém, preciso reforçar que o meu único trato com a minha dermatologista, é que se um dia eu ficar parecida com a Barbie, eu mato ela.
Fotos: DQZ e Reprodução
