Passar por Buenos Aires e não assistir à um show de tango, é quase como ir à Roma e não ver o Colisseu.
Visto isso, eu fui ao show do Hotel Faena – muito tango, vermelho e paixão.
O figurino é simplesmente divino, os dançarinos maravilhosos e com toda certeza, esse show é imperdível.
E blogueira que é blogueira, passa mico em qualquer lugar, leva a sua “pequena câmera” a tiracolo sempre, até mesmo em um show de tango em Buenos Aires.
E como se diz por aí, as mulheres tem uma visão periférica, enquanto eu olhava o show com um olho o uutro fotografava tudo.
Por isso, um pouquinho do “Tango Vermelho” do Hotel Faena pra vocês.
Adoro Páscoa, adoro chocolate e adoro feriado. Inevitavelmente, não dá pra passar por ela/ele incólume à uns kilinhos extras no final do domingo de Páscoa, ainda mais quando se viaja.
Meu destino foi Buenos Aires na Argentina, terra do melhor doce de leite do planeta.
Hospedada no hotel FAENA, com projeto do super Philippe Starck (que dispensa apresentações), eu aproveitei os 3 dias pra me divertir, fotografar e engordar um pouquinho, porque não?!.
O prédio no passado abrigou um armazem de grãos, principalmente de trigo, mas ninguém melhor do que o proprietário do Faena, para explicar a decisão de construir um hotel em meio as ruínas de um passado glorioso.
” O dia em que eu me vi na frente da majestosa fachada do Edifício El Porteño, parecia destino e não apenas acaso.
Construído em 1902, este enorme silo armazenava os grãos que alimentavam pessoas em todo o mundo, após a Segunda Guerra Mundial.
Ele estava em ruínas quando eu cheguei, mas ainda assim era um local majestoso, construído com tijolos vermelhos trazidos especialmente de Manchester, Inglaterra.
Era uma espécie de Machu Picchu à apenas 10 minutos de El Obelisco”.
Alan Faena
O que dizer desta piscina, onde bem no centro se encontra uma coroa jorrando água?!
Me senti a própria DramaQueen com coroa, só faltou o cetro e o trono. Sem dúvida, esse POOLBAR é um dos pontos MAIS altos do hotel.
Famoso pelos drinks exóticos e pelos aperitivos, que são servidos tanto de dia quanto de noite, no meu caso, eu não resisti a uma pasta de Homus, acompanhado com pão em formato de bolacha, que com certeza, também foram responsavéis pos esses kilinhos extras adquiridos.
” Faena Hotel + Universe foi concebido como uma casa espaçosa, grande suficiente para abrigar uma tribo de pessoas talentosas e energéticas, como aqueles que residem em Buenos Aires, bem como todos os visitantes que vêm a esta cidade do outro lado do mundo, em busca de novas experiências e inspirações “
Philippe Starck
Esse cantinho aconchegante é o EL MERCADO, cantina que serve café da manhã, almoço e jantar, com os mais tradicionais pratos argentinos – eu não conseguia dispensar o mini-potinho de doce de leite matinal.
A Inspiração
“Nós nos inspiramos em edifícios locais, como dois clássicos salões de chá de Buenos Aires, Las Violetas e El Molino, com lustres dourados, pisos de mármore italiano e vitrais franceses.
No entanto, também fomos inspirados por El Obero, perdido dentro do bairro de La Boca, onde os vinhos ainda são servido em jarros de forma de pinguim e o cheiro dos pratos caseiros espalha-se através do ar.
O típico fileteado portenho, estilizados por pinceladas que representam flores, laços, folhas e pássaros, são combinadas aqui com citações e imagens de celebridades populares.
Artesãos restaurarão completamente poltronas, unicórnios, vidro esculpido em cristal Baccarat, e espelhos com cortinas de veludo vermelho.
San Telmo, o bairro mais antigo da cidade – famoso por sua arquitetura típica, lojas de antiguidades e bares de tango-adicionaram um toque de fantasia e sensualidade”
* Essas são apenas algumas das muitas fotos que eu tirei do hotel, nos próximos posts uma overdose de FAENA pra vocês!!
Se não fosse a mais pura verdade que em pleno século XXI, logo ali na zona leste de São Paulo, onde a polícia havia libertado um grupo de bolivianos trabalhando de forma análoga ou seja escrava, tudo não passaria de uma novela da Gloria Perez sobre tráfico humano.
Pra quem pensa que isso só existe na ficção ou nas novelas de Glorinha, ledo engano.
O fato aconteceu durante a mais importante semana de moda do país – a SPFW.
A ironia do destino é que o grupo GEP responsável pelo primeiro desfile da temporada, o da Cori, foi também o responsabilizado pela oficina clandestina, onde o grupo de costureiros bolivianos foram encontrados trabalhando em condições contrárias ao estatuto do trabalho.
Enquanto você paga por uma peça comprada dentro da loja um bom dinheiro, já um escravo é “pago” mensalmente pelo valor de R$350,00 reais, vivendo em condições precárias, trabalhando jornadas exaustivas de 11 horas por dia de trabalho.
Qual a lógica desumana dessa equação?!
Azar o seu que nasceu boliviano e teve que vir para o Brasil ganhar a vida, ou até quando vamos comprar e permitir que a indústria da moda aceite esse tipo de tratamento escravo?!
Você que desfilou com seu novo outfit confeccionado sabe-se lá por quem e em quais condições, vai fingir que não ouviu falar nada sobre o fato e com tranquilidade vai ligar a tv para assistir a mais um capitulo de Salve Jorge?!
Isso é Glamour?!
Como se diz no meio fashionista #ficaadica
A seguir a cobertura da TV Folha sobre o caso dos bolivianos.
O grupo GEP soltou uma nota de esclarecimento AQUI alegando desconhecer o fato, mas que assumia prontamente a responsabilidade sobre a indenização do grupo.